Extensão da obra no córrego fundo: finalmente saindo do papel?

Projeto de canalização do córrego, financiado pela Vale, é anunciado pela Prefeitura de Igarapé juntamente com outras iniciativas

 

Em reunião realizada na Cidade Administrativa, que contou com a presença do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, secretários de Estado, representantes do Ministério Público e Defensoria Pública, o prefeito de Igarapé, Arnaldo Chaves, e líderes municipais de áreas impactadas pelo rompimento da barragem de Brumadinho, uma etapa crucial foi concluída: a definição dos critérios para seleção de projetos. Estes critérios ponderam o valor dos projetos a serem executados, visando uma alocação eficiente dos recursos.

Um dos principais projetos que vem chamando atenção é a canalização do Córrego Fundo. Para concretizar essa empreitada, a prefeitura aguarda um repasse da mineradora Vale, estimado em cerca de 52 milhões de reais. Estes recursos provem de indenizações relacionadas aos danos ambientais resultantes da trágica ruptura da barragem de Brumadinho, ocorrida em 2019.

Geraldo de Carvalho, aposentado e morador de Igarapé há quase três décadas, teve suas expectativas sobre a obra. Ele afirma que “a canalização é um projeto aguardado há muito tempo. Desde que me mudei para cá, o assunto sempre vem à tona. Espero que agora seja concretizado de fato. Isso beneficiaria enormemente o trânsito na região.”

Esta ação recebida foi autorizada judicialmente e se encaixa no acordo estabelecido há mais de dois anos, envolvendo o governo de Minas, os Ministérios Públicos Estadual e Federal, a Defensoria Pública e a Mineradora Vale. Esse acordo, que busca mitigar os danos da tragédia que ceifou 270 vidas, estipulou um investimento maciço de mais de 37 bilhões de reais nas áreas protegidas. Essas áreas abrangem Brumadinho e outros 25 municípios situados na bacia do Rio Paraopeba, onde os impactos sociais, ambientais e sanitários foram profundos.

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