Brasileiras Já Ficaram Sem Salário Por Ir À Seleção; Agora, Podem Sair Até Milionárias Da Copa Do Mundo

Jogar futebol feminino, sobretudo no Brasil, nunca foi por dinheiro. O curioso é perceber que, décadas após ganhar o direito de praticar o esporte e passar por apertos que incluíam até ficar sem salários quando vestiam a camisa da seleção, as convocadas podem acabar milionárias daqui um mês.

 

Jogar futebol feminino, sobretudo no Brasil, nunca foi por dinheiro. O curioso é perceber que, décadas após ganhar o direito de praticar o esporte e passar por apertos que incluíam até ficar sem salários quando vestiam a camisa da seleção, as convocadas podem acabar milionárias daqui um mês.

 

Nesta segunda-feira (24), as mulheres dirigidas por Pia Sundhage abrem a campanha na Copa do Mundo feminina, em partida marcada para 8h (de Brasília), contra o Panamá, em Adelaide, na Austrália. Será o primeiro passo da seleção em busca do sonhado título que nunca veio e que pode mudar de vez a vida das atletas.

 

Isso porque a Fifa, de forma inédita, resolveu premiar financeiramente todas as jogadoras que participam da Copa, com valores que vão de US$ 30 mil (R$ 147 mil) até US$ 270 mil (R$ 1,3 milhão) de acordo com o desempenho das equipes.

Ou seja, o título inédito da Copa daria às mulheres da seleção brasileira não somente a primeira estrela na camisa da CBF, como também um cheque que as tornaria milionárias da noite para o dia. Uma realidade absolutamente inalcançável àquelas que abriram as portas no começo de tudo e abdicavam até mesmo de salário.

Durante um relato emocionado dado ao documentário “Gerações – A Evolução do Futebol Feminino”, produzido pela ESPN e disponível para assinantes Star+, a ex-atacante, que disputou a primeira edição do Mundial da modalidade, em 1991, lembrou que ficava sem receber quando era convocada.

Embora o valor total de US$ 110 milhões (R$ 527 milhões) pagos pela Fifa pareça alto, já que é três vezes mais do que a premiação do Mundial feminino de 2019 e dez vezes maior do que o de 2015, nem se compara com o que foi desembolsado pela entidade na Copa do Mundo do Qatar em 2022. Na competição masculina, a Fifa distribuiu US$ 440 milhões (aproximadamente R$ 2,11 bilhões), quatro vezes mais do que a premiação do torneio feminino.

 

A desigualdade entre homens e mulheres é histórica, uma vez que as equipes femininas só começaram a ser remuneradas pela entidade que rege o futebol na quarta edição do Mundial, em 2007. Na ocasião, os prêmios distribuídos entre as seleções foram de “apenas” US$ 6 milhões (R$ 28 milhões na atual cotação). Como comparativo, um ano antes, na Copa masculina na Alemanha, US$ 370 milhões (R$ 1,7 bilhão) foram repassados aos países participantes.

Panamá – 24/7, às 8h (de Brasília) – fase de grupos

França – 29/7, às 7h (de Brasília) – fase de grupos

Jamaica – 2/8, às 7h (de Brasília) – fase de grupos

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