Um dos pontos de lazer mais marcantes de Betim, o Clube Pingo D’Água, fechou definitivamente suas portas no dia 31 de agosto, encerrando uma trajetória iniciada em 1982. O espaço, que sempre esteve ligado à família de Palmério Cardoso Ferreira, o Palmerinho, enfrentava dificuldades financeiras desde a pandemia.
Durante o período em que o clube ficou fechado por causa da covid-19, cerca de 72% dos associados deixaram de pagar as mensalidades, o que comprometeu a manutenção da estrutura e o pagamento dos funcionários. Diante disso, Palmerinho chegou a arrendar o local a terceiros, mas a situação não melhorou. Com o desgaste, optou por encerrar de vez as atividades.
A fundadora, Iêda Cardoso Ferreira, relembrou com emoção a importância do espaço. Festas tradicionais como a Garota Pingo D’Água, quadrilhas juninas e eventos comemorativos marcaram a vida de gerações. “Encerramos com tristeza, mas também com gratidão. Foram muitas lembranças”, disse.
Apesar do fechamento, parte do espaço seguirá ativa. O restaurante foi assumido por Nicário Gonçalves Silva, ex-funcionário com 21 anos de casa, que agora o administra junto de um sócio. Eles também irão disponibilizar as quadras para torneios e festas. “Queremos manter vivo um pedaço do Pingo D’Água”, destacou.
Atualmente, cerca de 190 sócios adimplentes e 480 inadimplentes constavam nos registros. Quem pagava via boleto já teve as cobranças interrompidas, e aqueles que utilizavam cartão terão direito ao estorno. O atendimento aos associados continua pelo telefone (31) 99942-2900, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h.