A voz de comprometido com o Citrolândia, conversamos com o vereador Professor Wellington. Ele falou sobre os desafios que enfrenta na câmara e o amor por essa região.

Vereador, como tem sido a sua experiência ao longo deste mandato?

Tem sido um desafio muito grande. Leva-se um tempo para entender a essência do trabalho do legislador. No início, a gente tem mais entusiasmo, do que condições reais de intervir nos inúmeros problemas da sociedade. As burocracias do sistema nos impedem, muitas vezes, de atender as demandas com o imediatismo que a população espera, mas, tenho crido que há esperança para resolução de todos os problemas; e me desdobrado para atender aos anseios das pessoas com muito amor e carinho. Às vezes sofro, demasiadamente, porque nem tudo depende só da minha boa intenção.

O que mais o incomoda enquanto legislador?

Me incomoda o fato de às vezes, a população desconhecer qual é o verdadeiro papel de um vereador. Uma dúvida que as pessoas têm, e que talvez, seja meu maior desafio, é orientá-las a respeito de como funciona a máquina pública. Compreender que o vereador não trabalha na Prefeitura, o vereador trabalha na Câmara e que quem tem funcionários de limpeza, de capina, de serviços braçais, de serviços médicos, é a prefeitura. Reitero, o vereador trabalha na Câmara, e tem a função de lidar, mais com documentos, do que, necessariamente, com mão de obra. Muitas vezes, o vereador faz o papel de “ver a dor” das pessoas e buscar soluções junto ao Poder Executivo.

Como o senhor encara o fato de a população atribuir a realização de obras ao vereador?

Me incomoda, haja vista que, vereador não faz obras, quem faz obras é prefeito. Eu, particularmente, nunca iludi as pessoas dizendo que fiz obra A ou B. Aliás, o nosso prefeito Vittorio Medioli trabalhou com muito afinco ao longo do primeiro mandato e o mesmo vem se repetindo ao longo do segundo, sobretudo, em Citrolândia. O meu papel tem sido o de trabalhar com seriedade e construir pontes, ao invés de muros, cobrando soluções pontuais para os inúmeros problemas da população. Eu não bati um prego na parede enquanto realizador de obra pública. A gente tem algumas ações pontuais do nosso mandato, que, visam melhorar a participação popular na política pública da cidade e desconstruir a imagem pejorativa que muitas pessoas têm da nossa comunidade, desmistificando mitos e injúrias acerca de nossa gente.  

Quais ações o senhor tem proposto enquanto legislador?

Nosso mandato, ao longo desse primeiro período, se prontificou a minimizar os impactos da desigualdade social e da falta de acesso a serviços essenciais, como o saneamento básico. Durante décadas, nossa região foi marcada por um processo de ocupação desordenada do território, o que resultou em quase 80 ruas sem o mínimo registro cartográfico. A maioria dos nossos projetos, por mais que pareçam irrelevantes para muitos, possibilitou centenas de famílias usufruir da dignidade da água tratada, do esgoto coletado e do fornecimento de energia elétrica. Outros projetos importantes, também foram propostos, como o da EJA na hemodiálise, por exemplo, que, visa garantir o acesso dos pacientes ao ensino público, durante o tratamento nefrológico.

Enquanto melhorias no bairro, o que o senhor conseguiu viabilizar de mais concreto, sem ser especificamente obras?

Nossa equipe tem sido muito atuante, mesmo em meio às inúmeras dificuldades enfrentadas desde o início do mandato, como por exemplo, as enchentes na Colônia Santa Izabel e a falta de água em quase toda a Regional Citrolândia, sem contar a pandemia da Covid-19. Plantamos muitas sementes que culminarão em projetos inovadores ao longo do restante do mandato, sementes essas, resultado de uma relação de confiança estabelecida com as pessoas de bem da nossa comunidade. Tínhamos problemas crônicos, que foram corrigidos totalmente ou minimizados, como dificuldades no transporte público, no abastecimento regular de água, conforme dito anteriormente, no atendimento primário nas Unidades Básicas de Saúde, bem como, a ausência de atendimento farmacêutico nas UBS’s Trincheira e Colônia. Nós conseguimos, depois de muita luta, viabilizar a volta do quadro de horários dos ônibus municipais ao que era praticado antes do período pandêmico e sugerir a ida do 910A até a UPA Norte, para garantir o acesso das pessoas ao atendimento pediátrico, que infelizmente ainda não é ofertado na Colônia Santa Izabel. Pediatria que, aliás, é uma das maiores necessidades da nossa população, e não tem faltado esforço de nossa parte, para assegurar o pleno atendimento à população. Além disso, conseguimos trazer uma faculdade para a Citrolândia, que é a UNEF e, em parceria com a Associação Jeová-Jiré, possibilitarmos o atendimento a cerca de mil pessoas nas inúmeras oficinas sociais e de fisioterapia nos espaços montados pela cidade, oferecendo maior dignidade e inclusão social à população.  

Quais são os projetos futuros que o senhor espera viabilizar junto ao Poder Executivo?

Talvez seja o de solucionar, definitivamente, o problema das enchentes na Colônia Santa Izabel e o de garantir a conclusão do Projeto da Avenida Sanitária Goiabinha, que aliás, são compromissos assumidos pelo governo do nosso prefeito Vittorio Medioli, que sempre teve um olhar muito carinhoso para Citrolândia. Outras demandas importantes são, a reconstrução das ruas que sofreram avarias nas chuvas de 2021, e que, ainda aguardam providências, a construção de uma creche para atender as crianças da Colônia Santa Izabel, Monte Calvário e Vila Cruzeiro, e a instalação de academias populares por toda a comunidade. As obras da Estação de Tratamento de Esgoto estão a todo vapor, com previsão de

 conclusão até o final do ano que vem. Outros empreendimentos também já foram iniciados, como a Escola de Tempo Integral no entorno da Bacia de Contenção do Conjunto Dicalino Cabral. Tenho a certeza de que, teremos

 uma Citrolândia cada dia melhor.

Qual recado o senhor gostaria de deixar para a população?

Que as pessoas enxerguem a política como instrumento de transformação social, que nunca negociem seus valores morais, aceitando qualquer tipo de suborno ou barganha eleitoreira, que se unam para o fortalecimento dos laços laços afetivos e sociais. Um grande abraço e que Deus abençoe a todos. Viva a democracia brasileira!